Gustavo & Thais |
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Mais Um Blog Besta que Ainda Vai Servir Pra Alguma Coisa Os Caras-Palidas que se cuidem...
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sexta-feira, maio 02, 2003
Meu referencial primeiro do universo feminino agora tem novo local na rede. Minhas três mineirinhas prediletas resolveram tomar seus tragos noutra esquina, ao que parece. Em compensação, outros bons companheiros de copo e de luta continuam firmes e fortes na mesma mesa de sempre. terça-feira, abril 29, 2003
Quando me disseram que a saudade era uma forma de lembrança e de presença He he he Isso é estranho e não sei se é verdade Tenho o desejo de posse ainda aqui Posse de todos os que se tornaram fantasmas, como em Glory of the 80´s Não posso mais tê-lo aqui, você de Caught a light sneeze Você do início dos 90 Boys on my left side Boys on my right side Boys in the middle and you´re not here Não, não escrevo Não faço mais nada The glory of the 90´s is dead Burried in the notes of Paula book Burried with my obsolete and renegaded walkman Todo aquele tempo passou E esta segunda deve ser levada até o fim Porque nada disso acotence mais como antes E nada mais é uma merda como antes E continuo sentido falta de antes Acho que não importa como fosse. Todas as palavras são pobres, a música ainda está aqui Mas como previ em 99, o social me corrompeu Não há produção sem isolamento. Transição previsível Sou uma pessoa óbvia. Posso perfeitamente depois de Alanis - a compra do mês: DVD Feast on scraps+CD Feast on scraps = 35 reais na Uruguaiana - lentamente pulo pra 5 1/5 Tour, a turnê que ambas fizeram juntas em 1999 e pulo então pra Tori herself. Volto ao Venus and back e descubro, sempre descubro na música, o que a torna tão maravilhosa há tanto tempo. Clouds descending... I'm not policing what you think and dream. I run into your thought from cross the room. Just another trick... can I weather this? I've got a fever above my waist, you got a squeezebox on your knee. I know the truth is in between the 1st and the 40th drink... A sobriedade fora da pessoa pró-narcóticos que vez ou outra não deixa de aproveitá-los... SURE YOU´RE OUT THERE ORBITING AROUND. WISH I HAD YOU BACK NOW Explicando... Os problemas das pessoas se resumem às relações afetivas, sexuais, profissionais e familiares? Não está faltando um quarto tipo de relação ou apenas eu e a *sempre amiga* passamos temos problemas nesta área não citada, porém tão óbvia? Alguém adivinha que área é esta? Letra que vem ao caso Sobre o tema dos stresses dos últimos dias, das conversas ao telefone com a *sempre amiga* e de reações que, por mais que não tenhamos mais 13 anos, como diz a lertra abaixo, ainda aparecem Oh these little rejections how they add up quickly One small sideways look and I feel so ungood Somewhere along the way I think I gave you the power to make Me feel the way I thought only my father could Oh these little rejections how they seem so real to me One forgotten birthday I'm all but cooked How these little abandonments seem to sting so easily I'm 13 again am I 13 for good? CHORUS: I can feel so unsexy for someone so beautiful So unloved and for someone so fine I can feel so boring for someone so interesting So ignorant for someone of sound mind Oh these little protections how they fail to serve me One forgotten phone call and I'm deflated Oh these little defenses how they fail to comfort me Your hand pulling away and I'm devastated CHORUS When will you stop leaving baby? When will I stop deserting baby? When will I start staying with myself? Oh these little projections how they keep springing from me I jump my ship as I take it personally Oh these little rejections how they disappear quickly The moment I decide not to abandon me domingo, abril 27, 2003
A cada vez que amanhecia o sol a certeza de que ela o mataria deixava de ser apenas dúvida. Ela seria impiedosa como os reis do crime, porque sua morte iria se realizando tanto em sóis incandescentes quanto em manhãs nebulosas. E seria uma morte sorridente, que cheirava a Giovanna Baby e alongava a sílaba do meio de seu nome. E agora que se dera conta que estava em seus últimos dias, resolveu que não deixaria de iludir-se com sua existência atemporal. Engava a vida com Luisa, enganava seu tempo redigindo anúncios publicitários e sodomizava desconhecidas ao menos duas vezes por semana. Dera para ler romances de certo autor cubano em voga cujas palavras não condiziam com os preceitos de seu batismo na Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana. Que Deus o perdoasse se tivesse tempo, o cubano escrevia bem para caralho. Os maços de Marlboro e as garrafas e latas que haviam pelo apartamento pequeno perto do centro já existiam antes de suas recentes leituras, que Fidel não enchesse os cojones de seu autor por vícios que este publicitário natimorto adquirira por conta própria, e por péssimas companhias, diria sua mãe. Enquanto refletia sobre a sua feliz morte, outro gole lhe descia pela garganta, seco e quente. Cachaça. E um antigo vinil do Cartola que roubara de seu pai antes de se mudar para o apartamento perto do trabalho arranhando na vitrola. Estava provavelmente bêbado e aparentemente sem cigarros naquela manhã. Já devia ser perto de meio-dia e a garrafa estava em seus últimos estertores. Se Luisa o encontrasse naquele estado faria um escândalo, jogaria pela janela seu quase notável estoque de álcool, o enfiaria debaixo do chuveiro frio e juraria amor e ódio entre lágrimas e tabefes. Pobre Luisa, estava se deixando apaixonar por um homem arruinado e satisfeito com sua desgraça. Seus arquivos de mp3 com as guitarras do Mogwai, os atabaques da Nação Zumbi e as barulheiras de Moby estavam esquecidos nalgum canto de seu HD há tempos, talvez meses. Sua morte dançava ao som de sambas e chorinhos e alguma bossa. Deliciava-se com sua morte, ela se esmerilhava em acabar com a sua existência. Ao deparar com sua morte durante um feriado, gozara-a plenamente. Chegou a esquecer-se de suas sodomitas, pensava que sua vida havia se realizado e enfim algo fazia realmente sentido e tinha razão de ser no meio do turbilhão – e não eram seus discos do Hendrix. Diminuiu o álcool e o tabaco, não mudou de idéia quanto ao fedor da maconha e arranjou um bom motivo para deixar suas narinas menos intoxicadas. Mas a calmaria durou apenas três meses e dez dias, logo sua morte partiu, e ele descobriu que não seria o único a tê-la fatal atravessando a linha da vida que se interrompia bruscamente na palma de sua mão. Luisa aparecera treze dias depois, mas já era tarde demais. O cheiro do fim podia ser percebido em locais mínimos e em lembranças contra as quais Luisa nada poderia fazer. Ele havia se dado conta que estava morrendo num pileque fenomenal dois dias após acordar ao lado de um bilhete de despedida que cheirava a lágrimas e tardes de sexo adúltero. Tentou continuar vivendo mas após uma semana quis se matar, então resolveu que morreria simplesmente, morreria por ela, em suas manhãs ausentes, em sua rosácea vagina, em seus apagados sussurros. Ela era um vírus e o acabaria trucidando. Seria uma morte lenta e gradual, não havia porque alterar sua rotina. Apenas mudou um tanto seus hábitos musicais e voltou a fumar um maço por dia. E ainda podia contar com Luisa e seu hímem complacente, a baianinha queria ser sua e de mais ninguém. Acordara cedo naquele dia para trabalhar. Enquanto se barbeava encontrou caído por trás de coisas suas no espelho do banheiro um batom já meio gasto. Era dela, o cheiro era inconfundível e viciante. Sem saber como nem porquê, se viu desistindo de ir trabalhar. Foi até o primeiro bar e comprou uma cachaça barata e sem sabor que não o gosto do vício. Era a sua morte chegando, matutavam seus neurônios meios de porre. Dedicaria aquele dia a morrer bebendo, fumando e se masturbando compulsivamente. Era doce morrer de um amor que nunca havia sido. |