Gustavo & Thais

quarta-feira, janeiro 22, 2003
 
A cloud laughts through this bluesy grey sky, it shines like a bird and swings like a star. She just wanna have some fun, like any of us. Girls and boys and gays just wanna have some fun. And so we keep moving on, looking for someone's brightest smile, getting drunk, getting doped and even getting shagged (selling our soul for the rock n' roll). What for, dudes? Some fun, kids, just for some fun to the seek of our souls.
But last night, it was almost morning as a matter of fact, my darling pretty told me in the phone she could not live our life without pain and without me. It did hurt a little. She wanted to and wanted not to wait for my sun to come and breeze her kisses and warm her tears. Alive, she cried. My baby doesn't wanna be my baby anymore. And I can't blame her, whadda hell, ain't it nobody's fault. Maybe it's just my fate, probably it's only the way that life goes over and over and over rollercoster.
She just wanna have some fun. Like me.

 
Não é hábito, mas este blog também é meu. O poema abaixo foi feito em meados do ano passado, e é para uma guria que será mãe em breve. Achei ontem sem querer num disquete, e, sem modéstia alguma, tenho um certo orgulho de tê-lo feito. Enfim, já falei demais por hoje.

Pétala (Leandro Godinho)

Retorno a este lar tão distante,
e ele nunca me acolheu de forma assim
benévola.
Quase me sinto em casa,
quase me esparramo pelo chão acarpetado
colorindo o teto com os reflexos
da minha sombra;
inúmeros rabiscos corpóreos,
inúmeros sorrisos,
inúmeras crianças dançando ao meu redor.

Aconchego-me num sofá macio feito um beijo.
Um sofá, um beijo e um queijo
depois deste longo inverno,
uma estação cinza, ventos cortantes
e nenhum aroma no ar senão o da espera.
O inverno pode ser a mais solitária das esperas.

Caminhei descalço através deste cinza cortante
esperando achar um lugar onde pudesse voltar a
sorrir, ver algo bonito e sorrir. Simples assim.
Agora já posso fechar os olhos e respirar
profundamente a melodia de um sorriso,
meus pés brincam no carpete,
um colorido afaga o cinza de meus olhos.

Cores, enfim. Talvez meu inverno esteja se aquecendo,
talvez minha espera vire lembrança.
E de talvez em talvez vou tendo certeza
que este sorriso é alegria. Tímida, mas alegria.
Alegre, sinto-me em casa como nunca
e me espalho pelo carpete em meio a inúmeras
crianças que dançam e gritam e brincam ao meu redor.

A solidão eu deixei lá fora, no cinza do inverno
que é pra ver se ela se manca e sai a procura
de companhia.
Agora estou de bem, só quero esta alegria,
bonita na simplicidade deste lar que me
acolheu com um beijo e me deixou de presente
pétalas de rosa no carpete caídas das asas
dum anjo que dançava e gritava e brincava
de ser criança ao meu redor.

Para Clarah.