Gustavo & Thais

sábado, agosto 17, 2002
 
Vidas Etílicas 3ª Dentição

Você viaja pra visitar um(a) garoto(a). Tem dinheiro limitado pra noitada, irá voltar logo que amanhecer. Junta uma galera pra virar a noite numa boate, que parece ser maneirinha. Na entrada, o hostess oferece duas possibilidades: 7 pilas de entrada ou 15 contos de consumação.
Você sabe quando é vício quando escolhe os 15 contos e excede a consumação. E manda pra dentro uma combinação de vodka, uísque, conhaque, e outras paradas com coca e limão.

sexta-feira, agosto 16, 2002
 
Divirtam-se. E divirtam-se um pouquinho mais.

 
Só pra ficar bem claro: estou viajando pra cidade grande atrás dela.

(Agora que descobri por tentativa e rro como inserir links no brógue, ficarei insuportável)

 
"Tenho contas a acertar com o meu passado" foi ótima. Ainda mais se tratando do A-ha. Eu também entrei na onda do A-ha em 88 (ou teria sido 87?), e levei meus pais junto. Stay on these roads é hit aqui em casa, e dessa nem eu consegui desgostar. É cafona, é baranguinha, tem aqueles tecladinhos típicos das inovações musicais dos 80's, mas é bonitinha. Também tem Fall on me, que já ganhou uma daquelas versões bestas de bandas panquetes bestas e toca nas "noites alternativas" (argh!). Mas hoje em dia, depois de ter descoberto os Stones, o LedZep, o Nirvana, o Pearl Jam, o Glamourama e ter presenciado o Neil Young, fica difícil querer pagar pra ver uma banda duma época que me trouxe pouquíssima coisa musicalmente aproveitável. E, no fim das contas, nunca achei os caras essa coke toda.
Mas desconfiem da minha opinião sempre. Sou quase um alcoólatra, estou indo pra Sampa sem ter um lugar certo pra passar a noite e acho Smiths uma bela duma merda.

 
Atenção, Atenção
Amanhã tem show do A-HA. U-HU!!!! Tenho contas a acertar com o meu passado.

 
Rebordosa Gripal
Dois dias em casa são o sufuciente para que eu constate a total insatisfação por onde anda a minha vida.
Outro ão, desmotivação...
Estou sempre doente. Tenho um sono e uma paranóia de sono que me perseguem. Não consigo trabalhar direito, não consigo dirigir direito. Sem mencionar os vários outros problemecos não resolvidos, aqueles de sempre, de um par de anos atrás.
Hoje tive uma crise de estômago e outra histérico-depressiva, e uma febre infernal. Sem mencionar o trator fictício que passou por mim, e deixou como legado uma dor no corpo brutal.
Tem quem me queira?
Posso ser mais pessimista ainda e dizer: "Tem, só os que não me conhecem."
Mas não. Tenho qualidades. E muitas. Como disse brincando para o meu *amigo* no sábado, "sou um mulherão".
Mas tem dessas fases, né? Tudo está mais pra baixo do que seta indicando o caminho do inferno.

quinta-feira, agosto 15, 2002
 
http://brazileirapreta.blospot.com

Essa merda de Blogger adora me sacanear. Mais um link que deveria ter saído e não saiu no último post.

 
Não tentem fazer isso em casa, crianças

Está decidido. Sexta embarco pra Sampaulus. Por amor ou por carência, talvez por pura porralouquice, estou indo pra lá por conta de uma guria. Ela mesmo já disse que quem se fode por amor, merece. E eu estou disposto a quebrar a cara, de novo e mais uma vez. When you got nothing, you got nothing to lose. Ela tem um blog e está lançando um livro (maiores detalhes em), ela bateu altos papos por ICQ comigo e trocamos altas mensagens por e-mail, ela me fez sorrir à toa e escrever essa literatura torta aqui no brógue. Eu decidi que PRECISAVA DESCOBRIR A COR DO SORRISO DELA. Precisava, do verbo necessitar. Algo imprescindível, inadiável, inevitável. Talvez a minha vida encontre um sentido nessa piração toda.
E eu também sou filho de Deus, porra. Eu também quero brincar um pouquinho de ser feliz. Nem que seja por algumas horas, bêbado e entorpecido. Sendo currado por animais e sem grana pra voltar de ônibus pro Rio. Mas eu quero respirar o ar sujo da Terra da Garoa e arrumar o livro dela com autógrafo, beijo e dedicatória. Sentar pra beber uma Kaiser com ela. Conversar about nothing and everything all at once até o sol raiar e me lembrar que eu não sou vizinho dela. Que não dividimos os mesmos lugares. Que não nos vemos diariamente. Que não posso ir pra Sampaulus sempre que me der na telha. Que não faço parte da nova geração de escritores que surgem pela internet. Que não faço parte de nova geração nenhuma. Que sou apenas um sujeito sem perspectivas se graduando em Publicidade e Propaganda pela Escola de Comunicação da UFRJ.
Está decidido, liguei o foda-se e amanhã compro a passagem. Deixo um beijo pra Maria e um queijo pros eventuais leitores (hahaha).



quarta-feira, agosto 14, 2002
 
Pérola do dia:

"A gente passa o tempo todo procurando uma luz no fim do túnel e quando a encontra descobre que está caminhando pra trás."

Por que eu continuo me enganando ainda, porra? Por que eu AINDA não mandei tudo pra casa do caralho?

segunda-feira, agosto 12, 2002
 
De que Adianta?
Se fosse dormir mais tarde, teria dormido pouco mais de sete horas, e ainda sim amanhã estaria na paranóia do sono. Teria sono, ficaria normal, ou com medo de ter sono, como nos últimos dias. Então não dormi, e recuperei minha total empolgação para falar deste show. Para mostrar os descobrimentos de um excelente dia 10 de agosto. Então resolvi ir mais tarde, já que com sete, nove, dez, cinco horas de sono, tenho ficado entregue ao sono ou a esta expectativa insana de ter o sono. Ao menos fiz meu registro do show. Ainda faltou falar sobre Roxy, Little Conversations, Bloodletting, sobre pessoas pedindo Little Wing, Heal it Up, Mexican Moon...

With a thousands similes you know you set me free (Little Wing, Hendrix)

 
JOHNETE NAPOLITANO










Ouvi no show Mexican Moon, música que já embalou minhas viagens de 569, indo pro CAp às 6:45 da manhã, com a cabeça tão lenta que parecia e era o melhor dos gozos.

Oh, amigo
Here we do things slow
Money, art, a broken heart

Where did you want to go
Senor, por favor
to the hotel, Zona Rosa
What did I come here for

Oh, senor
I run but the damage has been done
Miles have gone away
And my amore he never come

I look up at the sky
I am tired and dry
Uno Tecate and lime.
Thinking of you underneath the Mexican moonlight
Thinking of you underneath the Mexican moon

Senor, you are wise
I can see a million years
A million tears behind your eyes
Take me home
Take me to the Zona Rosa
Mariachis and tequila
I will dance the night alone
Just some time
Just a little kiss of mine
Take me where I can forget, senor
You are so very kind


I look up at the sky
I am tired and dry
Dos Tecate and lime
Thinking of you underneath the Mexican moonlight
Thinking of you underneath the Mexican moon

I look up at the sky
I will try not to cry
Tres Tecate and lime
Thinking of you underneath the Mexican moonlight
Thinking of you underneath the Mexican moon

Foi também nessa época que conhecia Leonard Cohen via Guns (pra variar) e descobria que o Concrete Blonde tb fizera uma cover de Everybody Knows. Então, ouvi essa música também no sábado.

Everybody knows that the dice are loaded
Everybody rolls with their fingers crossed

Everybody knows that the war is over
Everybody knows that the good guys lost
Everybody knows the fight is fixed
the poor stay poor and the rich get rich
That's how it goes

Everybody knows that the boat is sinking
Everybody knows that the captain lied
Everybody's got this broken feeling
Like their Momma or there dog just died
Everybody's hands are in their pockets
Everybody wants a box of chocolates
and a long stem rose

Everybody knows

Everybody knows
Everybody knows
that's how it goes
Everybody knows

Everybody knows that its now or never
Everybody knows that its me or you
Everybody knows that you live forever
When you had a line or two
Everybody knows the deal is rotten
Old black Joe still pickin' cotton
for ribbons and bows
Everybody knows you love me baby
Everybody knows that you really do
Everybody knows that you been faithful
Give or take a night or two
Everybody knows you been discrete
So many people you had to meet
without your clothes
and Everybody knows

Everybody knows
Everybody knows
that's the way it goes
Everybody knows

Gosto quando um artista uinterpreta uma música sem ser piegas. Isso é qualidade para poucos. Meu amigo Axl Rose pra mim já caiu na repetição com estas interpretações de palco. Como nunca havia visto um show do CB antes, fiquei supresa com a fúria dramática de Johnete Napolitano.
Bloodletting (The Vampire Song) foi precedida da apresentação da influência flamenca da "Joey", como os inexplicáveis fãs a chamavam durante o show.
Vi dois caras se sentarem ao lado dela, quando cantava Tomorrow, Wendy ajoelharem, fazerem reverência e abraçarem Johnete Napolitano como uma daqueles sinais adolescentes de "obrigado pelo que você fez por mim (mesmo estando tão longe)". Admirável mundo este em que vivemos. Fãs com cara de playboys, reverenciando uma pessoa forte de palco, de voz, de lirismo, e entendendo tudo. Johnete cantava Tomorrow, Wendy em posição de meditação, com as mãos juntas em prece e somente o microfone no meio.

It is complete now - two ends of time
are neatly tied
A one-way street, she's walking to the
end of the line
And there she meets the faces she sees in
her heart and mind

They say - goodbye - tomorrow Wendy's
going to die
Underneath the chilly grey November sky
we can make believe
that Kennedy is still alive
We're shooting for the moon and smiling
Jackie's driving by

They say - good try -
tomorrow Wendy's going to die
I told the priest - don't count on
any second coming.
God got his ass kicked the first time he
came down here slumming
He had the balls to come, the gall to die
and then forgive us -
No, I don't wonder why
I wonder what he thought
it would get us - hey hey, good try -
Tomorrow Wendy's going to die


Joey além de tb ter cantado Joey em versão plugadíssima, tocou uma música do disco novo Group Therapy *excelente título* chamada When I was a Fool, que mostra um envelhecimento de total dignidade.

I re-read silly lines
that made sense at the time
pages all stained with tears & red wine & I
walk through the airport & read magazines
every face that I see
so much younger than me
& I drink & I think
how I don't even miss
my glorious past or the lips that I've kissed
& I smile to myself at how easy this is..
easy to breathe, easy to live


I remember when I would tear myself in two.
Over how to be, what to say & what to do
did you really like me better then?
did you really like me better when
I was a fool?


So I live in these days
but I still have my old ways
my future, somehow, she has yet to arrive
& I see all around me the Women On Time.
Kids & divorces & crisis in midlife
so do I surrender & give up my dream
for a brick in the wall & a washing machine
grow up & get real

have a kid in their teens
who won't care what I've done
where I've been, what I've seen

.. & I wonder why I tear myself in two
over who to be, where to be & what to do
'cause I know you liked me better then..
I know you liked me better when
I was a fool.

I'm free to a fault.
45.
Playing guitar.
Living my life.
I fly down the highway
sun on my face
I belong to nobody.
I belong to no place.
I cry over poetry.
& I laugh at myself.
still, I'd rather be me.
than anyone else.


e Joey, para quem ainda quiser ler.

Joey, baby - don't get crazy
Detours. Fences... I get defensive
I know you've heard it all before -
so I don't say it anymore
I just stand by and watch you
fight your secret war.
Although I used to wonder why -
I used to cry till I was dry.
Still sometimes I get a strange pain
inside
Oh, Joey, if you're hurting so am I.


Joey, honey - I got some money
All is forgiven. Listen, listen
And if I seem to be confused
I didn't mean to be with you.
And when you said I scared you,
well I guess you scared me too.
But we got lucky once before
And if you're somewhere out there
passed out on the floor.
Oh Joey, I'm not angry anymore.